quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009



"Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração amai-vos ardentemente uns aos outros" (1 Pedro 1:22).

Haviam duas irmãs solteiras que, por causa de uma séria briga, pararam de falar uma com a outra. Decididas a não deixar a pequena casa onde moravam, elas continuaram a viver sob o mesmo teto e dormir no mesmo quarto. Uma linha de giz dividia o quarto de dormir em duas metades. A linha separava os cômodos de tal maneira que as duas podiam sair e entrar e ter as suas refeições sem transgredir o espaço da outra.

Na escuridão da noite, cada uma podia ouvir a respiração e o ronco da inimiga. Por muitos anos as duas coexistiram em completo silêncio. Nenhuma das duas estava disposta a tomar o primeiro passo para a reconciliação. Em uma determinada noite, uma das irmãs levantou para ir ao banheiro e levou um tombo, quebrando o quadril. A outra, despertada pelo barulho e pelo grito de dor, levantou apressadamente de sua cama e, ultrapassando a divisória feita pelo giz, correu em direção à irmã. Ali, no chão, segurando a inimiga do passado no colo, aguardou a chegada dos médicos e foi com ela até o hospital. Naqueles momentos de angústia e aflição, a verdade e o poder do amor prevaleceram.

Quantos de nós temos experiências semelhantes. Parentes, grandes amigos, colegas de trabalho ou estudo, pessoas que nos eram muito queridas e que, por um momento infeliz, transformaram-se em inimigos. Um relacionamento que se acabou, um contato que se deteriorou, alguém que amávamos e hoje até odiamos.

Mas não é isso que Deus deseja que aconteça. E, por certo, não é isso que nós mesmo desejamos. Mas o que fazer? O orgulho não permite que tomemos a iniciativa de acabar com aquele ressentimento. Achamos que a outra pessoa deve vir pedir perdão e, da mesma forma, a outra espera que nós o façamos. E, enquanto esta indecisão espiritual persistir, nós sofreremos, a pessoa em questão sofrerá, Deus ficará triste e o diabo cantará e dançará de alegria.

Rompamos a linha de giz! Não permitamos que o nome de Jesus seja envergonhado. Pratiquemos o amor do Senhor e glorifiquemos o Seu nome. A felicidade nos revestirá e haverá grande festa no Céu.

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